Resenha: Corte de Névoa e Fúria

31.10.16
Quando eu gosto de um livro, tem momentos muito confusos em que quero muito uma continuação, mas tenho medo que a maldição do segundo livro pegue a minha estória. Mas continuações podem ser incríveis, principalmente quando o autor desconstrói  tudo aquilo e mostram um outro lado, e a Sarah J. Maas fez exatamente isso em "Corte de Névoa e Fúria"


Resenha: "O aguardado segundo volume da saga iniciada em Corte de espinhos e rosas, da mesma autora da série Trono de vidro Nessa continuação, a jovem humana que morreu nas garras de Amarantha, Feyre, assume seu lugar como Quebradora da Maldição e dona dos poderes de sete Grão-Feéricos. Seu coração, no entanto, permanece humano. Incapaz de esquecer o que sofreu para libertar o povo de Tamlin e o pacto firmado com Rhys, senhor da Corte Noturna. Mas, mesmo assim, ela se esforça para reconstruir o lar que criou na Corte Primaveril. Então por que é ao lado de Rhys que se sente mais plena? Peça-chave num jogo que desconhece, Feyre deve aprender rapidamente do que é capaz. Pois um antigo mal, muito pior que Amarantha, se agita no horizonte e ameaça o mundo de humanos e feéricos."

"Corte de Névoa e Fúria" se passa alguns meses depois da derrota de Amarantha, Feyre está tendo que lidar com o que fez para salvar Tamlim, seu novo corpo de feérica e com o novo Tamlim. Quando ela conseguiu sair de sob a montanha em "Corte de Espinhos e Rosas" o sentimento de que alguma coisa estava errada foi semeado e nesse livro tudo está errado, a autora começa a te incomodar com a atitude de algumas personagens e toda aquele universo mágico criado no primeiro livro já não é tão maravilhoso.E aí que entra Rhysand e sua Corte Noturna, que não é bem aquilo que aparentava ser. 

Sarah J. Maas desconstrói todas as personagens, Feyre não é mais a moça corajosa que luta para sobreviver, Tamlim não é mais o doce homem apaixonado, Lucien perdeu toda a aura de diversão  e Rhysand não é mais a "vadia" de Amarantha. E maneira que a autora fez isso pode incomodar algumas pessoas, mas certos detalhes que passam despercebidos, mas que justificam toda essa reviravolta da estória.

O livro é enorme com suas 600 e tantas páginas, mas é fluído e envolvente. Gostei que a autora não teve pressa em narrar os acontecimentos, aos poucos tudo vai sendo revelado, e isso torna as relações bem construídas, sem amores repentinos.

O segundo livro da série Corte de Espinhos e Rosas vai ser um livro de fantasia adulto, que vai tratar de algo muito sério, o amor abusivo. Feyre sofre com o amor doentio e o excesso de zelo, e autora vai mostrando o quanto esse tipo de relacionamento é tóxico, Mas ao mesmo tempo ela deixa que a personagem compreenda isso e ela fala abertamente o que são os comportamentos abusivos. Achei muito corajoso por parte da autora, em um meio em que as autoras investem em personagens masculinos super protetores, agressivos e abusivos.

A estória é cheia de reviravoltas e a todo momento somos surpreendidos com uma nova revelação. Como no livro anterior Sarah J. Maas não deixa o final feliz acontecer por completo e enfia um clifhanger bem na nossa cara, para fazer você morrer de desespero até sabe quando ela lançar o próximo livro. Mas já se tornou uma das minhas séries de fantasia preferidas e Rhysand já entrou para o hall de malvados favoritos.

Até o próximo post!

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