Resenha: O Sol é Para Todos

17.10.16
Quando somos crianças ou adolescentes somos obrigados a ler diversos clássicos da literatura brasileira, grande parte das pessoas não gostam da experiência e acabam traumatizados, fugindo de qualquer livro que tenha sido rotulado como "clássico". Eu particularmente sou contra o método brasileiro de inserir livros tão densos para um público jovem, que não se identifica nas personagens (mesmo eu gostando de vários clássicos). E porque eu estou dizendo isso, porque me surpreendi em descobrir que nos Estados Unidos, um dos clássicos que as crianças são "obrigadas" a ler na escola vai ter como personagens principais crianças, tratando de assuntos importantes para a formação, mas com uma linguagem leve. O livro, é "O Sol é Para Todos"da Harper Lee.


Sinopse: "Um livro emblemático sobre racismo e injustiça: a história de um advogado que defende um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca nos Estados Unidos dos anos 1930 e enfrenta represálias da comunidade racista. O livro é narrado pela sensível Scout, filha do advogado. Uma história atemporal sobre tolerância, perda da inocência e conceito de justiça.
O sol é para todos, com seu texto “forte, melodramático, sutil, cômico” (The New Yorker) se tornou um clássico para todas as idades e gerações.
• Com nova tradução e projeto gráfico, este clássico moderno volta à cena, justamente quando a autora lança uma continuação dele, causando euforia no mercado.
• Desde o anúncio de sua sequência, O sol é para todos é um dos livros mais buscados e acessados no site do Grupo Editorial Record.
• Já vendeu mais de 30 milhões de cópias nos Estados Unidos e, no último ano, ganhou a recomendação do presidente Barack Obama, que proferiu o seguinte elogio: “Este é o melhor livro contra todas as formas de racismo”.
• Vencedor do Prêmio Pulitzer.
• Escolhido pelo Library Journal o melhor romance do século XX.
• Eleito pelos leitores de Modern Library um dos 100 melhores romances em língua inglesa.
• Filme homônimo venceu o Oscar de melhor roteiro adaptado."

"O Sol é Para Todos" é dividido em duas partes e vai ser narrado por Scout, uma garotinha de 8 anos, que vive com o pai, o irmão e uma espécie de babá, em uma cidadezinha no sul dos Estados Unidos. A garota vai contar sobre os três verões em que ela conheceu Dill, um menino que sempre passava uma temporada com eles, Boo Radley, um vizinho que se escondia em casa e causava medo nas crianças, e Tom Robinson, um jovem negro que é acusado de estuprar uma branca.

A estória do livro vai começar leve, em meio as brincadeiras das crianças e da figura sombria que é Boo Radley, mas aos poucos, com o passar dos anos você vai acompanhar o crescimento não apenas na idade, mas nas ideias daquelas crianças. E quando eles se tornam maiores é que o enredo começa a ficar mais pesado e temos problemas mais graves durante o julgamento de Tom Robinson.

O livro de Harper Lee vai falar principalmente sobre conceito de justiça. Isso é muito bem evidenciado pela figura do pai de Scout, Atticus Finch, um advogado que sempre tenta ser justo dentro e fora de casa. Atticus é aquele tipo de pessoa que todos almejamos ser, ele escuta os filhos e sempre tenta passar para eles bons exemplos.Essa imagem dele fica bem marcada, quando ele resolve defender um negro, em uma cidade pequena no sul do país, onde o racismo impera.

A narrativa de Scout é sensível, delicada e inocente, mas ao mesmo tempo forte, que em vários momentos ela questiona certos comportamentos, de uma maneira tão simples que você para pra pensar, e vê que é tudo muito surreal o comportamento das pessoas da cidade em que eles vivem. 

A estória de Scout deveria ser leitura obrigatória para todas as crianças, não apenas as norte-americanas, porque o livro criado por Harper Lee é uma aula sobre preconceito, que precisa ser dada a todos. A autora conseguiu passar uma mensagem e ao mesmo tempo criou uma estória doce, delicada e deliciosa de ser lida. Um livrão.

Até o próximo post!

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