Resenha: Deuses do Egito - O Coração da Esfinge

28.11.16
Quando você gosta muito de uma série e o autor resolver escrever outra e você vai toda empolgada ler, mas quando começa  a leitura vê que a história é basicamente a mesma, apenas com algumas mudanças.


Sinopse: "Lily Young achou que viajar pelo mundo com um príncipe egípcio tinha sido sua maior aventura. Mas a grande jornada de sua vida ainda está para começar.
Depois que Amon e Lily se separaram de maneira trágica, ele se transportou para o mundo dos mortos – aquilo que os mortais chamam de inferno. Atormentado pela perda de seu grande e único amor, ele prefere viver em agonia a recorrer à energia vital dela mais uma vez.
Arrasada, Lily vai se refugiar na fazenda da avó. Mesmo em outra dimensão, ela ainda consegue sentir a dor de Amon, e nunca deixa de sonhar com o sofrimento infinito de seu amado. Isso porque, antes de partir, Amon deu uma coisa muito especial a ela: um amuleto que os conecta, mesmo em mundos opostos.
Com a ajuda do deus da mumificação, Lily vai descobrir que deve usar esse objeto para libertar o príncipe egípcio e salvar seus reinos da escuridão e do caos. Resta saber se ela estará pronta para fazer o que for preciso.
Nesta sequência de O Despertar do Príncipe, o lado mais sombrio e secreto da mitologia egípcia é explorado com um romance apaixonante, cenas de tirar o fôlego e reviravoltas assombrosas."

"O Coração das Esfinge" é o segundo livro da série ou trilogia (não sei) Deuses do Egito, da Colleen Houck, mesma autora de "A Maldição do Tigre". O livro vem para confirmar de vez que a autora utilizou da mesma fórmula de sua primeira série para criar essa história, só que ao invés de termos a Índia como pano de fundo, agora temos o Egito, e ao invés de um príncipe transformado em tigre, temos um príncipe múmia. E as coincidências não param por aí, temos diversos deuses envolvidos na história, vários mundos, um vilão assustador e um triângulo amoroso. Se no primeiro livro acreditava que a autora estava tentando redimir alguns erros cometidos em sua primeira série, cheguei a conclusão neste segundo que ela está seguindo pelo mesmo caminho, mas dando desculpas esfarrapadas para inconstância da história.

Nesse segundo livro Lily, que no livro anterior me pareceu bem mais forte que uma certa garota chamada Kelsey, está sofrendo com a perda de Amon o príncipe egípcio com a missão de salvar o universo do poderoso Seth. Então ela descobre por meio de sonho (já ouvi essa conversa antes) que seu amado está preso no mundo dos mortos correndo perigo. Então o Deus Anúbis lhe convoca para salvá-lo e assim ajudar o universo a combater Seth. E ela terá de se tornar em um criatura poderosa para sobreviver a essa missão e também vai contar com a ajuda dos irmãos de Amon, inclusive um deles, Asten, tem histórico de conquistador que rouba namoradas de irmão (mais uma mera coincidência com um certo tigre negro). E no meio dessa aventura a garota se vê dividida, mas não sabe se apenas por sua condição nova ou por causa do presente que ela recebeu de Amon.

Nessa segunda parte as personagens principais estão insuportáveis, Amon que desde "O Despertar do Príncipe" se negava a ficar com Lily para não machucá-la continua com essa faceta do pobre herói apaixonado. Lily que se mostrava tão mais forte e decidida anteriormente começa a se transformar na garota que se sente atraída por qualquer homem que surja na sua frente e eles por ela. E aí a história começou a me irritar e eu já queria que ela se tornasse uma esfinge por completo, afinal, sua amiga leio Tia é muito mais interessante. E quando os sentimentos das duas se confundem e Lily começa a enxergar Asten, de longe o melhor personagem do livro, de uma maneira mais carnal é que começa a ficar interessante, mas tudo só acontece em alguns poucos momentos e eu já sinto um final também previsível, muito parecido com a saga dos tigres indianos.

A parte da fantasia está cada vez mais exagerada e o que dizem ser reviravoltas, para mim não passa de invencionice, que chega a beirar o surreal. E não que eu não goste de magia, eu adoro, mas tudo tem que ser bem formulado e as mitologias tem que ser separadas, não jogadas em meio a uma salada de frutas.

O livro pra mim foi um fracasso e contei os minutos para terminar os últimos capítulos arrastados, que terminaram sem uma finalização deixando em aberto para o próximo livro. Como disse antes, o que me prende na história é Asthen e seu coração perturbado pela culpa e pela paixão que sente por Lily, achei ele fascinante e quero muito que autora crie uma reviravolta real e dê possibilidades diferentes das clichês. Não adianta criar um triângulo para a pessoa continuar com o primeiro amor (faça então como a Cassandra Clare em As Peças Infernais). Colleen Houck não surpreendeu e nem encantou com sua história egípcia e terá de caprichar na continuação para salvá-la, algo bem mais simples do que as tarefas dadas as suas mocinhas.

Até o próximo post!

Um comentário:

  1. Oiee, nossa finalmente alguém que também não gostou tanto desse livro, eu confesso que me desencantei muito com a a autora desde a maldição do tigre, por ela querer sempre enfiar um triangulo amoroso no meio da história, não adianta de nada se não é bem construído e no final ela fica sempre com o primeiro, esse livro esta quase igual ao segundo dos tigres também, e meu deus por que as mocinhas dela são tão chatas? a autora consegue criar um livro legal, com um universo rico em mitologias, com um potencial para uma leitora super legal, mas peca nos seus romances!!! uffa desabafei rsrs

    Bjs

    http://www.leituraentreamigas.com.br/

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