Resenha: Vidas Muito Boas

25.12.17
Sinopse: "“Como podemos aproveitar o fracasso?” “Como podemos usar nossa imaginação para melhorar a nós e os outros?”. J.K. Rowling responde essas e outras perguntas provocadoras em Vidas muito boas, versão em livro do famoso discurso de paraninfa da autora da série Harry Potter na Universidade de Harvard, que chega às livrarias brasileiras no dia 7 de outubro. Baseado em histórias de seus próprios anos como estudante universitária, a autora mundialmente famosa aborda algumas das mais importantes questões da vida com perspicácia, seriedade e força emocional. Um texto cheio de valor para os fãs da escritora e surpreendente para todos que buscam palavras inspiradoras."

"Vidas muito boas" é a versão em livro de um discurso que a J.K. Rowling fez na formatura de um a turma de Harvard. A escritora falou principalmente sobre fracasso e a importância da imaginação. Mas o que essas duas coisas tão diversas tem em comum? Bom, para J.K. é preciso falar sobre o fracasso para que as pessoas encarem aquilo como uma aprendizado e uma ferramenta de autoconhecimento e a imaginação é importante como instrumento de empatia, para que você consiga se colocar no lugar do outro. Esse dois unidos fazem com que a pessoa cresça na vida e se torne alguém melhor profissionalmente.

O discurso da J.K. é curto e muito motivacional, ela faz várias referências ao universo de Harry Potter e de sua própria vida. Impossível não pensar que suas palavras são um reflexo real do que se passou em sua vida e de que ela é um exemplo de superação e do poder da imaginação.

A edição da Rocco está muito linda em capa dura, com várias ilustrações em meio a fala da autora, isso colabora ainda mais para que a leitura seja inspiradora e deliciosa. Um livro que vale a pena ler e dar de presente para amigos e familiares, afinal, quem nunca se sentiu fracassado?

Até o próximo post! 

Lendo Fullmetal Alchemist #4

24.12.17
Até o próximo post!

Resenha: Príncipe Serpente

18.12.17
Sinopse: "O terceiro livro da aguardada série de romances de época com uma forte pitada de erotismo
Quando o diabo encontra um anjo...
Lucy Craddock-Hayes está satisfeita com a vida tranquila no interior. Até o dia em que tropeça num homem inconsciente — um homem inconsciente e nu — e perde para sempre sua inocência.
Ele pode levar ao paraíso... O visconde Simon Iddesleigh apanhou de seus inimigos até quase morrer. Agora ele está determinado a se vingar. Mas quando Lucy cuida dele para restaurar sua saúde, a sinceridade da jovem surpreende sua sensibilidade calejada — e desperta um desejo que ameaça consumir os dois. Ou ao inferno. Encantada com a inteligência perspicaz de Simon, com seus modos urbanos e até com seus sapatos de solado vermelho, Lucy rapidamente se apaixona por ele. Embora sua honra o mantenha longe dela, a vingança envia os agressores de Simon à sua porta. Enquanto o visconde entra em guerra contra seus inimigos, Lucy luta pela própria alma, usando a única arma que tem — seu amor..."

Chegamos ao terceiro e último livro da trilogia dos Príncipes, da autora Elizabeth Hoyt, o Príncipe Serpente que conta a história do visconde Iddesleigh e Lucy Caraddock-Haves, que se conhecem após o visconde levar uma surra e ser abandonado na cidade da jovem. Após ser salvo por ela Iddesleigh se encanta pela jovem e  admira como seu anjo da guarda, mas ele se sente tentado por essa criatura divina.

Esse livro é o mais diferente dos outros três, mas tem uma característica de "O Príncipe Corvo" que voltou a me irritar, a tal mania de se excitar apenas olhando para o sorriso de uma moça, que preguiça isso me dá, parece coisa de adolescente. Mas tirando isso o livro é bem interessante, porque Simon tem um "respeito" maior por Lucy do que seus amigos do livro anterior.

"Príncipe Serpente" também é bem interessante na questão do mistério e a reviravolta na história envolvendo a morte do irmão do visconde. E pela primeira vez em um romance histórico eu consegui entender a motivação do personagem masculino em não querer se envolver amorosamente.

O que posso dizer é que ao ler esse último livro é que gostei bastante da escrita da Elizabeth Hoyt que não se foca apenas nas cenas eróticas, mas que consegue criar um enredo interessante em volta do romance. Uma delícia de trilogia para os fãs dos livros de época e do bom e velho romance.

Até o próximo post!

Resenha: Precisamos Falar Sobre o Kevin

4.12.17
Sinopse: "Lionel Shriver realiza uma espécie de genealogia do assassínio ao criar na ficção uma chacina similar a tantas provocadas por jovens em escolas americanas. Aos 15 anos, o personagem Kevin mata 11 pessoas, entre colegas no colégio e familiares. Enquanto ele cumpre pena, a mãe Eva amarga a monstruosidade do filho. Entre culpa e solidão, ela apenas sobrevive. A vida normal se esvai no escândalo, no pagamento dos advogados, nos olhares sociais tortos.
Transposto o primeiro estágio da perplexidade, um ano e oito meses depois, ela dá início a uma correspondência com o marido, único interlocutor capaz de entender a tragédia, apesar de ausente. Cada carta é uma ode e uma desconstrução do amor. Não sobra uma só emoção inaudita no relato da mulher de ascendência armênia, até então uma bem-sucedida autora de guias de viagem.

Desde que assisti ao filme "Precisamos Falar Sobre o Kevin" tive muita vontade de ler o livro de mesmo nome, uma vez que a psicopatia sempre me interessou. Já li anteriormente dois livros em que temos crianças psicopatas sendo retratadas, "Menina Má" e "Fábrica de Vespas", mesmo esses dois tendo basicamente o mesmo plot do livro de Lionel Shriver, a história do Kevin é bem diferente e me pegou desde o primeiro contato.

O livro é narrado pela mãe do Kevin, Eva, através de cartas que ela envia ao marido que se separou dela após o filho do casal cometer um massacre na escola. Ela conta desde os primeiros momentos em que eles decidiram ter um filho até o fatídico dia. 

Eva não queria ser mãe, logo, não tinha nenhum instinto maternal com o bebê Kevin, que era rejeitado desde o ventre, mas o garoto também não era muito fácil de se conviver desde que nasce. A relação de Eva com o marido se deteriora, uma vez que para ele o filho foi a melhor coisa que aconteceu na vida deles. Então ao longo do livro eu fui percebendo que o motivos que levaram Kevin a cometer este ato é culpa de todos os envolvidos, da mãe relapsa, do pai super protetor e do próprio jovem dissimulado e cruel.

O que achei interessante na história é que nem todo momento o relacionamento de mãe e filho é tão tenebroso, há pequenos episódios em que os dois tem uma boa interação e você consegue ver que o garoto tem uma certa obsessão em chamar a atenção da mãe.

Kevin é um personagem muito interessante, ele é cheio de camadas e nuances e mesmo sendo muito assustador, ele me atraía, para querer saber o por quê dele ser daquela maneira, coisa que a própria Eva se questiona durante seu relato.

A escrita da Lionel Shriver neste livro é muito dura, ela não poupa palavras, então isso faz com que a leitura seja densa e pesada. Durante todo livro eu me sentia incomodada com tudo que acontecia e não conseguia vê nada de bom naquelas personagens, mas ao mesmo tempo conseguia entender o porque deles se comportarem assim.

Um livro espetacular, mas não é uma leitura que você termina bem, ela te faz refletir sobre vários assuntos e não vou negar que pode assustar aqueles que querem ter filhos algum dia. Uma das melhores leituras que fiz nos últimos tempos, com toda certeza. 

Até o próximo post!

TBR de Dezembro

3.12.17
Até o próximo post!

Agora que sou crítica - Design e Desenvolvilmento por Lariz Santana